A propósito do artigo de Will Richardson, The “Khanification” of Education, que lança uma série de questões acerca do valor do professor e das pessoas que estão a colocar recursos na internet, o Professor António Dias Figueiredo fez uma pequena provocação que, como já vai sendo habitual, provocou uma onda de respostas e de posts do João Mattar e da Teresa Pombo.
domingo, 21 de outubro de 2012
O valor do professor num mundo onde, cada vez mais, qualquer um pode ser professor (Atualização)
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Compartilho um post sobre O papel do professor em qualquer contexto de aprendizagem, publicado em outubro/2011 por mim que, acredito eu, pode contribuir para a reflexão: http://ritalbuquerquempel05.blogspot.com.br/2011/10/o-papel-do-professor-em-qualquer.html
ResponderExcluir"The good teacher explains. The superior teacher demonstrates. The great teacher inspires.” Tão simples quanto isto para mim.
ResponderExcluirOlá Pessoas,
ResponderExcluirEu gosto da imagem de cunhada pela colega Barbara Dieu (http://barbaradieu.com/): ... no atual contexto informacional o papel do Professor é ser um "Sherpa". Aquele que, por estar aprendendo há mais tempo, sugere caminhos e, quando necessário, trilha junto o caminho com o aprendiz.
Muito boa a metáfora, Sérgio. Tb acredito que o caminho é por aí.
ExcluirSemana passada eu já tinha colocado no Face uma msg de reflexão sobre isso, de autoria do meu amigo Seiiti Arata, um verdadeiro mestre sem diploma de pedagogia: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=396797397060249&set=a.350009698405686.78557.279976722075651&type=1&relevant_count=1
Acredito que nós professores precisamos defender nossa profissão, ninguém pode exercer a medicina se não o médico, nem projetar edifícios se não é formado em engenharia e assim por diante. Por que outros profissionais podem ser professor??? Enquanto nós não valorizarmos nossa profissão, governo nenhum, nem a sociedade irá valorizar... Mas, para isso, precisamos nos qualificar e mostrar que somos bons! Deixar de esperar também que governo oferte capacitações (mesmo sabendo que eles devem oferecer) e correr atrás do conhecimento. Concordo com Antonio Dias quando diz que o mundo mudou e a escola não mudou quase nada... E que existe uma distância entre a escola e mundo... Precisamos sim refletir sobre essas questões, sobre nossa prática e sobretudo sobre nossa formação...
ResponderExcluirOi, Adriana,
Excluirnão acredito muito em "defender a profissão" por meios cartoriais. Diplomas não servem para criar reserva de mercado, mas sim deveriam garantir qualidade do profissional à sociedade. Só que, na prática, são muito ineficientes nisso. Estão aí as vítimas de erros médicos e de prédios que desabam para comprovar. Não acredito que todo mundo pode ser professor, assim como sei que eu daria uma péssima musicista. Mas em meio à enorme crise que a educação enfrenta no mundo inteiro, não podemos barrar possíveis soluções só porque elas não vem de pessoas diplomadas em pedagogia.
Não sei Adriana, bons profissionais podem ser bons professores. E pessoas formadas em Medicina podem ser péssimos médicos.. tanto quanto somos conhecedores de que existem péssimos professores...
ResponderExcluirExiste a lógica do status , do respeito inserido em "salvar vidas" tanto quanto há a lógica de alfabetizar as pessoas.
Qual será mais valorizado?
Existe a lógica daquilo que é pago é melhor tanto quanto existe a logica de que quanto mais se ganha melhor profissão é!
há uns bons anos atrás, um aluno respondeu-me num exame oral que ser professor era fácil, que a Psicologia o ajudava a compreender o Ser Humano e que a Pedagogia o ajudava a ensiná-lo. hoje, talvez na sua resposta acrescentasse que as ferramentas são outras, mas que basicamente é a mesma coisa.
ResponderExcluirQualquer um pode ser professor? Oooppaa wrong question! O titulo deveria ser “Qualquer um pode querer ensinar?”
ResponderExcluirPrezado Leonel Morgado, aproveito sua intervenção para complemtar meu raciocínio. Em Ratatouli não foi qualquer um entre milhares de ratos, foi um que era preparado, com conhecimento, criatividade e paixão pela cozinha. Para ensinar é preciso ter conhecimento, para ser professor é preciso ir além, ter paixão. Já a questão de ter uma formação específica para dar aula é discutível, assim como a própria aula.
Prezados colegas, o assunto me pegou meio q d revesgueio e por isso fui beber na fonte original do Will Richardson. E da discussão de lá extrai alguns trechos que coloco para apreciação dos colegas:
ResponderExcluir“Acho que o meu maior problema com o modelo de entrega é que ele celebra o conteúdo como aprendizagem; minimiza a necessidade de socializar conhecimento como forma de aprender e, finalmente, celebra a idéia de que o modelo de entrega é suficiente para o aluno ser bem sucedido.
Este é apenas mais um exemplo da necessidade de nossa sociedade tentar criar soluções simples para problemas complexos.
Qualquer novo professor começa a aprender onde os estudantes têm dificuldade para entender conceitos / competências. Um educador experiente tem um grande arsenal de situações/ações para auxiliar os alunos a aprender.
A idéia de que apenas um sacerdócio certificado pode interceder entre os alunos e sua aprendizagem desejada é tão ridícula quanto os sacerdotes medievais que tentavam alimentar a ilusão de que só eles poderiam interpretar corretamente a Bíblia.
Somos todos professores. Ou, pelo menos podemos ser, se optarmos por assumir este sacerdócio. E este sacerdócio é muito mais do que apenas empurrar alguns vídeos para os alunos (embora eu ouse dizer que aprendi muito com vídeos).
Eu não acho que Khan deve ser saudado como o salvador da educação. Mas também não acho que devemos ignorar que o número de professores/produtores de conteúdo disponíveis para nós tem se expandido de forma exponencial e que muitos deles não vão ser educadores formalmente graduados.
depois de procurar e assistir a conteúdos de alguns personagens do vídeo, e sabendo que um deles, Paul Andersen, é um professor, eu tive a impressão de que a maioria destes são professores de sala de aula. Pelo menos muitos deles são. Então qual é o problema?
O que me incomodou mais no vídeo foi a seguinte declaração: "vídeos educacionais no YouTube representam um retorno à essência do que a educação deve ser." Colocando sem rodeios, esta afirmação é um monte de m....
A tecnologia não pode ensinar, e ter acesso a informação não é aprender.
Eu acho que um dos nossos maiores desafios como professores em 2012 e além, é dar aos estudantes as habilidades para analisar criticamente o que eles vêm e ouvem.
Vídeos são simplesmente um outro recurso
Este vídeo não é sobre professores ou educação. É um exercício de marketing para o lançamento do “YouTube Next Lab” (propriedade da Google), a partir da aquisição da empresa de TV on-line chamada Próxima para ajudar a construir os canais do YouTube e criar conteúdo para os canais.
Ensino sempre vai voltar para uns poucos princípios fundamentais: empatia, conexão humana, colaboração autêntica. Eu sou um educador porque eu impacto positivamente meus alunos.
Que valor teremos nós, como professores, num mundo onde, cada vez mais, qualquer um pode ser professor?
ResponderExcluirSobre a questão em apreço penso numa abordagem precisamente oposta, isto é, "ser" professor na verdadeira essência do "ser", reside em, cada vez mais, ser-se reconhecido nos seus conhecimentos e nas suas competência, por essa via não é qualquer um que pode "ser" professor, donde a questão do seu "valor" está salvaguardado.
"Ser" professor não é definitivamente para qualquer um e implica definitivamente ter valor.
Se pretendermos fazer uma apreciação Etimologia da palavra "professor" encontramos uma boa sustentação para o que acabámos de afirmar.
Quem não ouviu alguma vez um professor afirmar que a sua profissão, pela entrega que exige, é um sacerdócio? Pois a verdade é que os primeiros cristãos foram também os primeiros professores da História, porque «professavam», isto é, declaravam publicamente a sua fé, ainda que lhes pudesse custar a vida (nada mais actual...rsrs).
A palavra formou-se a partir do latim "profiteri", que vem de 'pro' (em lugar de) + 'fateri' (conhecimento, saber, aquilo que só a Igreja possuía). Ou seja 'profateri' é aquele que está no lugar do, ou representa, o conhecimento.
Numa outra abordagem, 'fateri', deriva do germânico arcaico 'fader', que por sua vez origina-se do grego 'pater', é 'pai'. Ou seja, professor é aquele que age, que fala em lugar do pai.
A partir de certa época, um professor passou a ser aquele que «professava», ou seja, que declarava publicamente que possuía conhecimentos em determinada área do saber e que podia transmiti-los.
Parece-me muito actual, sou levado a dizer: "nada de novo debaixo do sol".
Khan não é professor. Acho que ele nunca pensou nessa possibilidade. Sua notoriedade partiu de ato isolado, pessoal que ganhou visibilidades por causa das TIC. Quem se incomoda como isso? Penso nas potencialidades e na ajuda para os alunos. Não digo que Khan resolva os problemas das educação. Esqueçam o Khan e foquem nas políticas públicas de formação de professores. Quem é mais prejudicional aos professores? Abs
ResponderExcluirFalando nisso ainda http://porvir.org/porpensar/futuro-quem-precisara-dos-professores/20121024
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