E já está disponível o Google Hangout da sessão final do MOOCEaD.
Obrigado a todos os que passaram pelo Hangout, em especial à inesperada mas gostosa participação da Daisy Grisolia.
É bom sentir que fazemos parte da história.
O primeiro MOOC em língua portuguesa
Paulo Simões e João Mattar
São Luis - MA (Brasil)
PUC-SP (Brasil)
João Mattar e Paulo Simões
São Luis - MA (Brasil)
Centro Histórico - São Luis - MA (Brasil)
Alumni do Futuro
Fotógrafo: Philipe Gerling
Conceptor do Conectivismo e dos MOOCs
esperando por você...
Ministério da Educação - Brasil
estamos, intencionalmente, utilizando o termo professor-tutor por considerarmos que o tutor a distância é também um docente e não simplesmente um animador ou monitor neste processo, e muito menos um repassador de pacotes instrucionais. Este profissional, como mediador pedagógico do processo de ensino e de aprendizagem, é aquele que também assume a docência e, portanto, deve ter plenas condições de mediar conteúdos e intervir para a aprendizagem. Por isso, na prática, o professor-tutor é um docente que deve possuir domínio tanto tecnológico quanto didático, de conteúdo.
[...]
[não se justifica] a denominação de tutoria, que descaracteriza a função docente para profissionais que assumem a mediação pedagógica.”Nesse sentido, é possível falar em precarização do trabalho docente na EaD:
É notável, sem dúvida, certa perversidade no tocante a essa pluralidade na docência, pois denota tanto a diluição do papel e da função do professor, quanto pode promover a desprofissionalização docente, na medida em que suas ações são retalhadas, fragmentadas e com elas todo o processo de ensino e de aprendizagem.”Outra questão que reforça o rebaixamento do trabalho docente é a remuneração extremamente baixa que um tutor recebe por exemplo na UAB, além de essa remuneração se caracterizar como bolsa de duração limitada, o que não promove vinculação entre o tutor e a instituição. Como indicam Lapa e Pretto (2010), essa não institucionalização do trabalho docente caracteriza o trabalho dos tutores na UAB, contratados em regime precário para desempenhar o papel de professor, descrito em resoluções que:
enquadram esses profissionais como bolsistas, não lhes dando nem mesmo o direito a declaração de trabalho mencionando a função ‘professor’, evitando com isso a consolidação de vínculos empregatícios e a sua inserção na categoria simbólica de profissionais da educação. Em síntese, nessas condições, o que se tem é uma enorme precarização do trabalho docente, que se desdobra, na prática, entre outras coisas, por meio da baixa remuneração, que acaba por excluir profissionais qualificados, e da falta de reconhecimento profissional.”O movimento Tutor é Professor vem discutindo e se mobilizando em relação a essa situação.
O aprendizado autodirecionado explica os atributos dos aprendizes que aprendem em seu próprio ritmo e interesse. Isso é suficiente para descrever nossas necessidades de conhecimento hoje? Creio que não. [...] Quando confrontados com o aprendizado em ambientes complexos, precisamos mais de algo como um aprendizado direcionado pela rede (network-directed learning) – aprendizado que é formado, influenciado e direcionado de acordo com o modo pelo qual estamos conectados aos outros. Em vez de criar significados no isolamento, baseamo-nos em redes sociais, tecnológicas e informacionais para direcionar nossas atividades.Anderson e Dron, em Three generations of distance education pedagogy (2011), discutem três gerações de pedagogias para EaD: behaviorismo-cognitivismo, socioconstrutivismo e conectivismo. Segundo os autores, com o conectivismo a interação em EaD move-se para além das consultas individuais com o professor (pedagogia behaviorista-cognitivista) e das interações em grupos e limites dos AVAs (pedagogia construtivista). As atividades dos alunos são refletidas em suas contribuições em wikis, Twitter, discussões de texto e voz e outras ferramentas de rede.
Estamos muito longe do modelo ADDIE de design instrucional. Não há nenhum modelo típico de design instrucional que possa explicar o que está acontecendo aqui.George Siemens já tinha explorado o tema no pioneiro MOOC Connectivism and Connective Knowledge (CCK08) em Instructional Design and Connectivism.
VERHAGEN, P. Connectivism: A new learning theory? 2006.
KERR, B. A Challenge to Connectivism. Transcript of Keynote Speech, Online Connectivism Conference. University of Manitboa, February 2007.Qual a sua visão sobre o conectivismo? Na sua opinião, o conectivismo é uma nova teoria da aprendizagem ou apenas uma costura de alguns aspectos de teorias que o precedem?
KOP, R.; HILL, A. Connectivism: Learning theory of the future or vestige of the past? IRRODL International Review of Research in Open and Distance Learning, 9(3), 2008.
BELL, Frances. Connectivism: Its Place in Theory-Informed Research and Innovation in Technology-Enabled Learning. IRRODL International Review of Research in Open and Distance Learning, 12(3), 2011.
(1) redigir o objetivo geral de aprendizagem (learning goal);
(2) determinar os tipos de aprendizagem do objetivo;
(3) promover uma análise de processamento de informação do objetivo;
(4) redigir objetivos específicos de aprendizagem (learning objectives) e cada um dos pré-requisitos;
(5) redigir especificações.Learning goals são declarações de propósito ou intenção, o que os aprendizes devem saber ou ser capazes de fazer no final da instrução, que podem ocorrer em atividades, unidades ou cursos.
Há ocasiões em um ambiente educacional em que um professor não foca experiências de aprendizagem em direção a nenhum objetivo de aprendizagem particular. Nessas ocasiões, professores podem oferecer muitas atividades de aprendizagem, e objetivos de aprendizagem podem emergir durante essas atividades, em geral dos próprios aprendizes quando eles se defrontam com essas atividades. Por exemplo, parte da educação infantil se encontra nessa categoria, como as ocasiões em que se fornece aos aprendizes uma variedade de materiais manipulativos que eles podem utilizar para buscar diferentes problemas. Essas buscas podem levar a diferentes resultados de aprendizagem, muitos dos quais não foram especificamente antecipados pelo professor. (p. 6)As situações que Smith e Ragan descrevem no livro, mais livres de objetivos de aprendizagem, com atividades menos rígidas, materiais manipulativos e resultados de aprendizagem não antecipados, não se limitam à educação infantil, utilizada como exemplo. São na verdade experiências de aprendizagem adequadas à geração de alunos de hoje. São exploradas, por exemplo, pela teoria do aprendizado baseado em games (game-based learning), com a ideia de aprendizagem tangencial (tangential learning):
Se um professor está disponível nessa situação, um instrutor habilidoso pode ser capaz de processar a informações rapidamente o suficiente para que os aprendizes possam identificar objetivos e conceber estratégias, pode fornecer sugestões para estratégias melhores ou alternativas. Nesse caso, o conhecimento do professor sobre design instrucional pode ser muito útil em seu papel de consultor. (p. 12).Entre os limites extremos da educação infantil e das disciplinas avançadas de pós-graduação, há um espaço imenso no qual o design educacional pode contribuir, espaços mais livres de objetivos de aprendizagem que engessam o processo, desrepeitam o conhecimento prévio dos alunos e seus diferentes estilos de aprendizagem, e continuam a repetir a herança dos treinamentos para a guerra e para animais.
Um MOOC (Massive Open Online Course) é, como a própria sigla indica, um curso online (que utiliza diversas plataformas web 2.0 e redes sociais), aberto (gratuito e sem pré-requisitos para participação, mas também sem emissão de certificado de participação) e massivo (oferecido para um grande número de alunos e com grande quantidade de material).A tradução ao pé da letra ficaria Curso Online Aberto Massivo, o que resultaria na sigla COAM, que soa estranha - e estrangeira. Já li sugestões para usar CAMO (Curso Aberto Massivo Online), o que também não me soa muito bem. AMO ou AMO-Cursos, outras sugestões que já li, me soam ainda pior. COMA então seria De Mattar! Enfim, eu e o Paulo Simões tomamos algumas cervejas em São Luis, remoemos... remoemos... mas não chegamos a uma sigla que parecesse adequada em português.